Por solicitação do deputado Celinho do Sinttrocel, quatro diretoras de escolas estaduais do Vale do Aço reuniram-se nesta semana com a Subsecretária de Administração Educacional, Deise Cristina Monteiro. A comitiva foi acompanhada pela assessoria do Deputado em Belo Horizonte.
“Sabemos das dificuldades, mas saímos daqui esperançosas”, este foi o balanço das diretoras ao final do Encontro com a gestora do Sistema Educacional. Na pauta, encaminhamentos relativos à liberação de recursos para manutenção, ampliação e novas obras em escolas da Região do Vale do Aço.
A Diretora Carla Batista Ferreira apontou as necessidades da E.E. Albertino Ferreira Drumond, de Santana do Paraíso, em especial a cobertura do refeitório: “nossos alunos sofrem com a falta da cobertura. Faça chuva ou faça sol, imaginem o que é fazer suas refeições em um local descoberto. É uma situação muito difícil.”
O problema apresentado por Cristiane de Castro Moreira, da E.E. Tancredo Almeida Neves, de Coronel Fabriciano, diz respeito ao atraso no pagamento do imóvel onde a escola está situada. “Fazemos o nosso trabalho em constante sobressalto. Os proprietários nos informaram que os aluguéis estão atrasados desde julho do ano passado. Isto nos causa grande apreensão e nos deixa muito inseguras.”
A Diretora Maria Barcelos Guimarães, falou da importância do término das obras de construção da Quadra Poliesportiva da E.E. Chico Mendes, em Ipatinga. Ela ressaltou que a “comunidade espera as obras há muito tempo. A gente que trabalha direto com os alunos, sabe da importância de uma quadra – para os alunos e para a comunidade.”
Já a situação da E.E. Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha, de Ipatinga, apresentada por Angélica Antunes Tenório, diretora da instituição, mostrou os graves problemas enfrentados pela comunidade escolar, particularmente no período chuvoso.
Depois de apresentar fotos do telhado e um vídeo que mostrando os vários pontos de alagamento e as imensas goteiras em vários ambientes escolares Angélica afirmou que “para além dos transtornos mais gerais e dos prejuízos em equipamentos e no prédio, o que mais nos preocupa hoje é a segurança dos alunos e dos servidores. Tanto com relação ao teto como em relação à rede elétrica”, destacou.
Crise dificulta investimentos
A Subsecretária abordou as dificuldades econômicas que o País enfrenta e ressaltou que o Governo de Minas está buscando todas as formas para contornar a crise. O objetivo, segundo ela, “é evitar que o quadro se agrave e cheguemos à situação que a gente vê em outros estados. Algumas medidas estão sendo tomadas, como por exemplo, o PL em tramitação na Assembleia que trata da Codemig”. E completou: “numa situação desta, tenho que reconhecer: As diretoras são verdadeiras heroínas. Vocês estão se esforçando ao máximo e segurando as pontas. Nós só temos que agradecer a todas.”
Mesmo afirmando as dificuldades, a Subsecretária se comprometeu a buscar solução para todas as demandas – “embora tenhamos de ter senso de prioridade”. Deise enfatizou que, em relação a recursos para iniciar novas obras existem muitas dificuldades e reafirmou que aquelas escolas que já cumpriram os procedimentos internos, como licitação, e aguardam apenas a liberação de recursos serão priorizadas quando a crise for amainada.
Ela esclareceu que a responsabilidade em relação às obras de quadras poliesportivas, é do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento II (o PAC-2). Segundo ela, o Programa está suspenso há mais de um ano e, mesmo que o Governo Estadual tivesse recursos, não poderia, por força do convênio, alocar em tais obras.
A solução indicada foi procurar reunir forças com outras escolas na mesma situação para cobrar o cumprimento do convênio por parte do Governo Federal. Quanto ao pagamento de aluguel de imóveis locados para a Secretaria, Deise Cristina informou que há um esforço em pagar, se não todo o montante devido a cada proprietário, pelo menos buscar uma amortização de forma a fazer um parcelamento e uma programação mais geral.
Segundo ela, esses pagamentos são decididos pela Secretaria de Fazenda, que controla todo o fluxo financeiro do Estado e estão dependendo de uma liberação daquela área. Contudo, ela garantiu que não haverá privilégios, que todos os fornecedores terão o mesmo tratamento e que os recursos já estão empenhados: “assim que tivermos condições, vamos acertar com todos eles – inclusive as multas.”
Quanto aos problemas enfrentados pela E.E. Márcio Cunha, a Subsecretária reconheceu a gravidade e a necessidade de uma intervenção o mais rápido possível. Assim, ela se comprometeu a incluir a Márcio Cunha entre aquelas que entrarão para o programa emergencial de escolas que sofreram danos no período chuvoso. Ainda, segundo a Subsecretária, a urgência atingirá tanto os problemas relativos ao teto, como a rede elétrica.
Ao final da reunião, as diretoras agradeceram o encontro e afirmaram que, mesmo entendendo os problemas e estando esperançosas, elas vão continuar cobrando da Secretaria uma solução: “este é o nosso papel: defender nossos alunos e alunas, defender melhorias nas nossas escolas e a comunidade escolar.”
Deise também agradeceu e falou que compreende o papel de cada um: “são legítimas e corretas as cobranças e nós vamos fazer o que for possível para atender.” Ao se despedir, a Subsecretária agradeceu também ao deputado Celinho do Sinttrocel e destacou o papel do seu Mandato na interlocução permanente entre as escolas e a Secretaria de Educação.
28/03/2018
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