|
Preocupado com as repercussões das medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos com relação à importação de produtos brasileiros, notadamente o aço e o alumínio, o deputado estadual Celinho do Sinttrocel reuniu-se, na terça-feira (27/03) com o presidente da Usiminas – Sérgio Leite de Andrade.
O deputado Celinho do Sinttrocel entregou ao Presidente da Usiminas cópia dos requerimentos que ele encaminhou às comissões de Trabalho, Previdência e Assistência Social e Desenvolvimento Econômico da Assembleia solicitando a realização de audiências públicas para debater o assunto.
Na opinião de Celinho, as medidas vão impactar diretamente a economia nacional e mineira. “O Brasil está entre os países que mais devem ser afetados pelas medidas do Presidente Donald Trump. Afinal, um terço do aço exportado no Brasil vai para os EUA. Em 2017, o aço vendido aos norte-americanos somou 4,8 milhões de toneladas e gerou uma receita de 2,63 bilhões de dólares (8,58 bilhões de reais), o que faz do País o segundo maior fornecedor do produto para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá”, argumenta o deputado.
Sérgio Leite comunicou que, em recente reunião, o Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, entidade que defende e representa a indústria brasileira produtora de aço, se posicionou contrário às iniciativas americanas e vai tomar as medidas cabíveis para tentar revertê-las – tanto políticas como jurídicas. A cobrança de sobretaxas entraria em vigor no dia 23 último, mas foram adiadas para o dia primeiro de maio.
“Até 1ºde maio estão sendo realizadas negociações para sensibilizar o governo americano a revogar as medidas protecionistas. Para tanto, já realizamos reuniões com os presidentes da República, Michel Temer, e da Câmara Federal, Rodrigo Maia, para discutirmos o assunto. Ao mesmo tempo, contratamos um escritório de advocacia para nos assessorar no tema”, informou Sergio Leite, que também é membro do Conselho do Instituto.
Segundo o Presidente da Usiminas, o impacto no orçamento da empresa para 2018 é nulo mas as medidas protecionistas causam grande preocupação pelo precedente que abre e por suas repercussões no mercado internacional do Aço. Para Celinho, “mesmo sabendo que os impactos diretos sobre a Usiminas serão menores, a Empresa, por seu porte, importância e tradição joga um papel decisivo nessas negociações”.
Lembrando que a taxa de participação da indústria na composição do PIB nacional regrediu aos idos de 1947 e defendendo a retomada do desenvolvimento, o deputado Celinho assinalou que “o momento é de unidade em defesa das nossas indústrias e dos empregos que elas geram”.
Apoio à infraestrutura nos municípios
Outro tema abordado no encontro foi o programa da Usiminas, intitulado Caminhos do Vale, que doa agregado siderúrgico – resultante do beneficiamento da escória de aciaria – para ser utilizado em obras pelas prefeituras.
O Programa tem viabilizado a pavimentação de estradas rurais no Vale do Aço a partir desse agregado e são encaminhados a municípios que se enquadrem nos requisitos socioambientais, econômicos e estruturais indicados no Programa, como ações em prol das comunidades e recuperação de nascentes.
Segundo a Empresa, até outubro o Programa já atendeu 750 mil pessoas e recuperou 899 nascentes. No final de 2017, o Caminhos do Vale foi premiado na categoria Excelência em Sustentabilidade no Steelie Awards, da World Steel Association, se destacando entre os principais grupos econômicos do setor siderúrgico.
O Deputado Celinho do Sinttrocel e o Presidente Sérgio Leite de Andrade discutiram uma possível extensão do uso do agregado para outras regiões do Estado, para tanto, pretendem iniciar discussões com o Governo Estadual.
Entre os pontos para debate com o Executivo está a proposta de isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS – na venda do agregado siderúrgico.
“Este merecido Prêmio, é o principal avalista do Programa. Vamos procurar a Secretaria de Obras e o DEER para apresentar o Caminho dos Vales”, afirmou o deputado Celinho do Sinttrocel.
29/03/2018
|
